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Panorama mineroquímico do sudeste goiano é discutido na Reunião Regional da SBPC

Em 05/05/11 23:13. Atualizada em 21/08/14 11:44.
Representantes de multinacionais apresentaram panorama da atividade na região e esclareceram dúvidas de estudantes

Por Michele Martins
Fotos: Carlos Siqueira

Dentro da programação da Reunião Regional da SBPC realizada no Câmpus Catalão da UFG, ocorreu na tarde do dia 4 de maio a mesa-redonda com o tema Panorama mineroquímico do sudeste goiano. De acordo com dados apresentados pelo professor André Carlos Silva da UFG, no ano de 2009 a atividade mineroquímica do sudeste goiano, concentrada principalmente nos municípios de Catalão e Ouvidor, foi responsável por 1% da produção mineral do estado, o que representou 500 bilhões de reais.

Para uma plateia formada por estudantes, professores e profissionais foi a oportunidade de interagir com representantes de duas grandes multinacionais que atuam na área de mineração na região. Coordenada pelo professor André Carlos Silva da UFG, a mesa foi composta pelo gerente de marketing da Copebrás, subordinada à Anglo American, Marcos Stelzer, pelo gerente geral da Copebras em Ouvidor, Aldo Ferrari, pelo engenheiro de minas da Vale Fertilizantes, Marcelo Alves Pereira, e pelo gerente de operações da Copebras em Catalão, Fausto Goulart.

Professor André Carlos Silva, coordenador da mesa

Em uma breve apresentação os representantes das empresas apresentaram as atividades de exploração mineral praticadas, além de um balanço das atividades e as perspectivas para a área no Brasil e em Goiás. Eles destacaram que está surgindo um grande mercado de fertilizantes produzidos a partir de minérios fosfatados. De acordo com o gerente de marketing da Copebrás, Marcos Stelzer, o Brasil por ser um grande produtor agrícola, que deve prover a demanda por alimentos e geração de energia, abrirá uma grande demanda por fertilizantes nos próximos anos.

Questionados sobre como as empresas podem contribuir para a formação acadêmica de mão-de-obra qualificada, o engenheiro Marcelo Pereira da Valefert salientou que os próprios estudantes e professores podem propor projetos em conjunto para as indústrias. “Programas de cooperação tecnológica são muito bem vindos”, afirmou o engenheiro. Para o professor André Carlos Silva este é realmente uma boa alternativa, mas ele reconhece que ainda faltam leis específicas que regulamentem e incentivem a parceria empresa/academia. “O número de projetos propostos pela UFG às empresas ainda é pequeno porque cursos como os de Engenharia de Minas e Engenharia de Produção criados no Câmpus Catalão ainda são novos e ainda não houve tempo hábil para a concretização de parcerias”, esclareceu o professor.

Em seus questionamentos, os estudantes demonstraram preocupação quanto à forma de aliar a exploração mineral com redução dos impactos negativos ao meio ambiente. Para o gerente de marketing da Copebrás, Marcos Stelzer, atualmente as indústrias seguem rigorosos parâmetros para a preservação ambiental. Apesar de existir marcos regulatórios da exploração mineral, a maior dificuldade é fiscalizar se as explorações ocorrem de maneira correta. “Não adianta existir um marco regulatório moderno. É preciso que ele seja aplicado adequadamente, o que trará vantagem para todo mundo”, afirmou.

Ao final o professor André Carlos fez uma balanço positivo da interação do público e os representantes da empresa. O engenheiro agrônomo Álvaro Alves Júnior aplaudiu a iniciativa de tratar desse assunto. Distante da academia por mais de dez anos, ele ficou muito entusiasmado por acompanhar a mesa-redonda: “As informações que tive hoje representaram uma verdadeira reciclagem dos meus conhecimentos”, declarou o engenheiro, dono de uma propriedade rural no município de Ouvidor.

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Fonte: Portal UFG