Maior acidente nuclear da história completa 25 anos
No início da madrugada do dia 26 de abril de 1986 acontecia o maior desastre nuclear da história. Um dos reatores usina nuclear da cidade de Chernobyl, no norte da Ucrânia, explodiu. O acidente ficou guardado em segredo pela mídia e pelas autoridades locais por três dias, até que níveis altos de radiação fossem identificados em países vizinhos.
Mais de 200 mil pessoas tiveram que evacuar a região. Um relatório publicado pela ONU em 2005 atribuiu 56 mortes diretas relacionadas a infecções por radiação.
Hipóteses
As causas do acidente são contraditórias. Uma das hipóteses atribui a explosão no reator quatro da usina por falha dos operários que trabalhavam naquela madrugada. O reator passava por uma fase de testes de funcionamento com baixa energia. Ironicamente esses testes tinham como objetivo resistir às crises e situações emergenciais da usina.
Outra hipótese considera que aconteceram falhas no própria reator que independiam do controle de qualquer operário. Ambas hipóteses são bem apoiadas por diferentes grupos de interesse. Porém, vale ressaltar que o engenheiro chefe responsável pela realização de testes nos reatores – mesmo sabendo que o reator era perigoso em algumas condições – confirmou as operações que levaram ao acidente.
Além disso, outros procedimentos irregulares contribuíram para o ocorrido. Um deles foi a comunicação ineficiente entre os escritórios de segurança e os operadores.
25 anos do acidente
Em resposta ao aniversário de 25 anos do acidente, milhares de pessoas participaram de protestos, na segunda e terça feira. Na França e na Alemanha, os manifestantes pediram o abandono do uso da energia nuclear.
Em meio a sons de sirenes, os manifestantes jogaram flores no rio Reno, que liga os dois países e deitaram no chão sobre a ponte, numa simbólica morte coletiva.
Os danos causados pelo acidente são incalculáveis. A cidade de Chernobyl continua a ser um território considerado perigoso e é uma zona de exclusão estabelecida pelo conselho de segurança da ONU.
Fuente: Renato Veríssimo - Jornal das Seis