
Lavras e Louvores
Márcia Barbosa (*)
O Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás (UFG) comemora em dezembro os dois anos de abertura de sua exposição permanente, intitulada Lavras e Louvores, e anuncia uma reforma na montagem.
Segundo a diretora do museu, Nei Clara de Lima, serão produzidos alguns materiais explicativos para que as pessoas conheçam mais sobre os objetos expostos. "As vitrines também passarão por reformas", confidencia Nei Clara. "O objetivo das intervenções é melhorar a interação entre público e exposição."
A mostra, dividida em duas partes, foi montada com objetos cedidos ao Museu. Em Lavras, estão expostos objetos que representam o branco, o índio e o negro. Entre eles, imagens de cachoeiras; pinturas rupestres; artigos de uso indígena, como canoas, flechas, machados e arcos; e também um esqueleto humano, encontrado no Rio das Almas. Em Louvores, os objetos são relacionados a religiões e crenças: bonecos que simbolizam Iemanjá e a Folia de Reis, homens feitos de palha e fotos de diferentes pessoas: homens e mulheres; crianças e adultos; brancos, negros e indígenas.
A idéia de produzir Lavras e Louvores surgiu quando a antiga exposição permanente, Expressão de Vida, saiu de cena. A diretora do museu, que também é curadora da exposição, juntamente com Selma Sena, disse que apesar da exposição ter sido inaugurada em dezembro de 2006, ela estava há algum tempo sendo arquitetada. “Esta exposição ficou durante um ano sendo construída no pensamento", conta Nei Clara. "Depois de muita análise ela foi colocada em prática. Para isso, envolveu diversos profissionais.”
Para a diretora, o objetivo da exposição foi em parte alcançado. “Desde o começo, queríamos fazer uma exposição moderna, que correspondesse à arte contemporânea, trabalhar com cores, vitrines modernas", explica. "E isso nós fizemos. Todos que já viram a exposição gostaram, disseram que ela é bem estruturada, bem montada”.
Lavras e Louvores não tem data para terminar. “A mostra será encerrada quando não responder mais às indagações das pessoas, quando não chamar mais a atenção do público”, diz Nei Clara. A exposição conta com apoio financeiro do 9º Concurso Nacional do Programa de Apoio a Museus da Fundação Vitae e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O Museu Antropológico da UFG fica na Praça Universitária, no número 1.166. A exposição pode ser visitada de terça à sexta feira, das 9 às 17 horas.
(*) Márcia Barbosa é estudante de Jornalismo da Universidade Alves Faria (Alfa), estagiária da Rádio Universitária.
Fuente: Rádio Universitária.