
Livraria UFG
O Centro Editorial e Gráfico da Universidade Federal de Goiás (Cegraf-UFG) inaugurou a Livraria UFG, no câmpus 2 da Universidade Federal de Goiás (UFG).
O evento contou com a participação do reitor Edward Madureira Brasil para o lançamento de sete livros, abertura da exposição de aquarelas do artista plástico Sérgio Manso e apresentação do espetáculo A Caixa de Téspis, da Cia Trapaça.
A Livraria UFG é um projeto de extensão do Cegraf e tem como meta a circulação da produção acadêmica publicada em todo o Brasil, a formação de público leitor e o estreitamento do diálogo entre a universidade e a comunidade.
Ações educativas
A Diretora do Cegraf, Maria das Graças Monteiro Castro, revela que algumas das estratégias de aproximação do público-alvo da livraria se baseiam na reedição de ações educativo-culturais que foram bem sucedidas na Flicts Livraria e Café, dirigida pela própria Maria das Graças ao lado de Dennis Borges Diniz e André Barcellos, durante a década de 1990, em Goiânia.
"Essa experiência agora será utilizada como parte de um projeto institucional, que tem a pretensão de tornar-se política pública cultural da universidade e, para isso, necessitamos que a comunidade abrace a iniciativa", conta.
Entre as ações que serão resgatadas na Livraria UFG está o Ciclo Idéias do Mundo, caracterizado como espaço de mediação de informações, como explica o professor André Barcellos, Coordenador Editorial e Gráfico do Cegraf. "A questão não é só levar o conhecimento da universidade para a sociedade, mas, fundamentalmente, é a abertura do diálogo entre as várias formas de concepção de mundo, num debate capaz de mostrar as contradições dos discursos de ambas as partes", explica. Sendo assim, o projeto atenderia tanto a demanda de distribuição da produção acadêmica quanto à proposta de formação de público leitor.
Leitura
Maria das Graças informa que uma pesquisa recente, realizada pela Câmara Setorial do Livro, revela que a leitura do brasileiro está limitada as temáticas esotérica e religiosa. O chamado "leitor fluente", que relaciona a leitura com o lazer e não somente com a aquisição de conhecimento, não chega a 10% da população brasileira.
"Esse leitor é raríssimo também na universidade", diz. Segundo ela, entre as causas que provocaram o preocupante cenário estão relacionados a equívocos na condução da política nacional do livro, que apesar dos subsídios e isenções tributárias, mantém a produção cara, dependente das aquisições feitas pelos governos e refém das grandes livrarias.
Edição local
Nesse contexto, a Livraria UFG seria uma oportunidade de resgate da livraria como um órgão da universidade capaz de suprir essas demandas. André Barcellos comenta que, atualmente, os espaços destinados à comercialização de livros na UFG estão ocupados por livrarias privadas compromissadas com a distribuição de literatura de áreas específicas.
A Livraria UFG vai comercializar livros editados pelo Cegraf, bem como por outras editoras universitárias como a USP, Unesp e UFMG. Demais publicações do mercado editorial também estarão disponíveis e a proposta da livraria é conseguir que elas circulem na comunidade universitária com custos mais baixos.
Programação cultural
A Cia Trapaça inaugura o palco anexo à Livraria UFG com o espetáculo A Caixa de Téspis, concebido e dirigido pela atriz Rosi Martins, que também atua na peça. O espetáculo transforma textos literários e oralidade em linguagem dramatúrgica, por meio do lirismo, do mito, a tragédia, o humor.
A exposição de aquarelas de Sérgio Manso também colabora para uma atmosfera de retomada. Há 15 anos ausente das galerias e museus da cidade, o artista plástico vem se dedicando quase que exclusivamente ao mercado das artes de São Paulo. De acordo com o artista, a coleção de 10 aquarelas valoriza possíveis estruturas da composição, numa brincadeira com cores. Nesta série, ele utiliza a aquarela pura e variações da técnica com o grafite e o nanquim.
Fuente: Zeroum Comunicação