Educação a distância

A Universidade Federal de Goiás (UFG) recebeu na última segunda-feira (12), prefeitos e secretários de Educação de dez cidades do interior do Estado de Goiás. O objetivo do encontro foi discutir e definir ações de implantação dos pólos de educação a distância da Universidade Aberta do Brasil (UAB) em Águas Lindas, Alexânia, Alto Paraíso, Aparecida de Goiânia, Catalão, Cezarina, Formosa, Goianésia, São Simão e Uruanã.

Essas cidades foram contempladas pelo último edital da UAB para a criação de quatro cursos de graduação: Física, Artes/Teatro, Administração e Ciências Biológicas. Também deverá ser implantado o curso de especialização em Metodologia do Ensino no Ensino Fundamental.

Os dirigentes municipais foram recebidos pelo reitor da UFG, Edward Madureira Brasil; pela pró-reitora de Graduação, Sandramara Matias Chaves; pela coordenadora pedagógica da UAB/UFG, Cleide Aparecida da Silva; e pelo coordenador da UAB/UFG, Gilson de Oliveira Barreto.

A UAB é um projeto do Governo Federal que tem por meta a implantação de cursos de nível superior na modalidade a distância. Em Goiás e Distrito Federal, o projeto está sob a coordenação das Universidades Federal e Estadual de Goiás (UFG e UEG) e da Universidade de Brasília (UnB). O objetivo é levar o ensino superior a regiões onde o acesso às universidades públicas é precário ou inexistente.

"Os cursos a distância representam uma oportunidade para a população nativa", afirmou Uíter Gomes de Araújo, prefeito de Alto Paraíso. Segundo ele, a criação dos novos cursos poderá possibilitar a implantação de novas atividades econômicas na região. Igualmente satisfeito está o prefeito de Aparecida de Goiânia, José Macedo Araújo. Para ele, a criação dos cursos a distância é um marco para a cidade. "Pessoas que não têm oportunidade agora poderão contar com os cursos a distância", declarou. A pró-reitora de Graduação da UFG, Sandramara Chaves, garantiu que os cursos a distância terão o mesmo padrão de qualidade dos cursos presenciais.

Este é o segundo edital da Universidade Aberta do Brasil. A UFG abriu em 2006, 250 vagas para o primeiro processo seletivo para os cursos de Administração e Ciências Biológicas em oito municípios pólos. A preferência por cursos de licenciatura é explicada pelo fato de serem voltados para a formação de professores, uma das carências do interior.

O financiamento dos cursos é responsabilidade do Ministério da Educação (MEC), por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). À Universidade cabe a responsabilidade de organizar os processos de seleção dos candidatos, bem como a seleção, avaliação e acompanhamento dos tutores, e gerenciar a vida acadêmica do aluno. A média é de 50 vagas por curso em cada um dos pólos. E a previsão é de que seja realizada a seleção das turmas ainda neste semestre para o início dos cursos em junho.