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UFG recebe selo da Rede de universidades promotoras da saúde

Em 25/11/25 11:57. Atualizada em 25/11/25 11:59.

Evento reconhece compromisso da instituição e ações desenvolvidas desde a pandemia

Texto: Kharen Stecca

Fotos: Júlia Barros

 

A Universidade Federal de Goiás recebeu no dia 18 de novembro, o selo da Rede Brasileira de Universidades Promotoras da Saúde (Rebraups), marcando uma adesão mais profunda da instituição à rede. O Seminário realizado na Biblioteca Central da UFG reuniu diversas autoridades do setor de saúde e também da gestão da universidade. O evento celebrou e reconheceu as inúmeras ações de saúde desenvolvidas pela UFG, abrangendo desde a produção de EPIs durante a pandemia e a organização do retorno presencial, ações de saúde mental, o desenvolvimento do protocolo Calma para estudantes com epilepsia, o Programa Saúde Indígena, e os projetos de assistência e extensão do Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof-UFG), como o "Olhar para Todos" e "Olhar para o Futuro".

 

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Selo aprofunda relação da UFG com a Rede Nacional

 

A Rede Brasileira das Universidades Promotoras da Saúde (Rebraups) é uma rede que busca ser uma referência local, regional e internacional na promoção da saúde, fomentando políticas, ações e espaços na universidade para favorecer o desenvolvimento pleno do ser humano e sua relação com o planeta. A Rebraups faz parte de um movimento maior e está vinculada à rede Iberoamericana. A rede é aberta e pautada em valores como a solidariedade, a justiça social, a equidade, e o respeito à dignidade humana e à diversidade. Confira aqui as fotos do evento.

 

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Heliny Carneiro destacou a importância dessa aproximação da UFG com a Rebraups

 

Segundo Heliny Carneiro, coordenadora da rede na UFG e pró-reitora adjunta de Graduação, a participação na entidade significa um momento de maior aproximação e integração, permitindo um melhor compartilhamento de experiências e maior relação com grupos de trabalho. A integração à rede potencializa a capacidade da universidade de fortalecer sua própria comunidade universitária e de buscar a promoção da saúde. Para a coordenadora nacional da Rede, Larissa Polejack, receber o selo é uma confirmação de que a UFG faz parte dessa rede e traz potência a ela, sendo que o compromisso institucional de ser promotora da saúde está expresso no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e no plano de gestão da UFG.

 

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Mesa simbólica de abertura do evento reuniu gestores da área de saúde e da Reitoria

 

A tônica dos discursos das autoridades foi a celebração e o reconhecimento das ações de saúde da UFG, o compromisso institucional com a promoção da saúde e, principalmente, a necessidade de buscar continuamente o fortalecimento do SUS. A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, ressaltou que o compromisso da UFG em ser uma universidade promotora da saúde está escrito e assumido no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e no plano de gestão da UFG e também ressaltou o compromisso dos gestores com a continuidade das ações ao longo dos reitorados. 

 

UFG e Rebraups - A história da participação da UFG na rede remonta ao seu status de instituição fundadora. A universidade esteve presente no primeiro encontro em 2018, nas reuniões iniciais. A UFG é uma das 24 instituições que assinaram a Carta de Brasília, neste primeiro encontro. A inclusão da UFG na rede ocorreu durante a gestão do Professor Edward Madureira, mas a UFG é  a segunda universidade a receber o selo da Rebraups.

 

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Larissa Polejack, coordenadora nacional da Rebraups durante palestra

 

Em sua palestra, a Professora Larissa Polejack, coordenadora nacional da Rebraups, enfatizou que a promoção da saúde parte de uma concepção ampla do processo saúde-doença. Essa concepção considera os determinantes sociais da saúde, incluindo as condições de vida e as interseccionalidades, como racismo e etarismo. Ela defende a articulação do saber técnico e popular, incluindo os saberes dos povos ancestrais e originários. 

 

Para a professora, a promoção da saúde é um paradigma, uma forma de ver e estar no mundo e um compromisso: “Esse paradigma convida a uma visão coletiva e inter-relacional, focando mais no conceito de "bem-viver" do que no bem-estar individual, sendo também este conceito oriundo dos povos originários. A rede e o paradigma se movem de maneira contra-hegemônica, rompendo com os modelos centrados apenas na doença, no indivíduo e no fragmentado”.

 

Ela ressaltou que a universidade promotora é aquela que assume um compromisso institucional de buscar a transformação da cultura universitária, alinhada com os valores de compaixão, bem-estar, cuidado e justiça social, conforme a Carta de Okanagan de 2015. A professora defendeu que o papel da universidade, além do tripé tradicional (Ensino, Pesquisa, Extensão), deve incluir o “cuidado” como uma quarta perna essencial para que a instituição cumpra seu papel de fortalecimento das políticas públicas, especialmente o Sistema Único de Saúde (SUS). Finalmente, ela reiterou que a solidariedade é o primeiro valor a nortear a rede, fundamentando a crença na capacidade de apoio mútuo entre as instituições.

Fonte: Secom UFG

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