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cianobacterias

Ação de cianobactérias na água apresenta riscos de saúde pública

Em 17/02/20 08:53. Atualizada em 17/02/20 10:49.

Os sistemas convencionais de tratamentos de água não são capazes de eliminar toxinas produzidas por essas bactérias

Não existe água potável na natureza. A afirmação é da professora Ina de Souza Nogueira, que atua na área de Taxonomia e ecologia de cianobactérias e algas junto ao Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFG. Ela reafirma a necessidade de exames laboratoriais para conhecer a potabilidade de uma determinada fonte de água e do cumprimento da legislação brasileira sobre o assunto, considerada avançada.

Entre as preocupações dos estudiosos da área, na atualidade, estão as cianobactérias, que em altas quantidades na água liberam cianotoxinas, substâncias maléficas ao homem. Imperceptíveis, pois não causam alteração de cheiro, cor ou sabor na água, as cianotoxicas têm efeito biocumulativo no organismo capaz de comprometer órgãos, como o cérebro, o fígado, os rins, o sistema digestivo, e até levar a óbito.

Outra substância residual de cianobactéria é a geosmina, organoclorado não maléfico à saúde, porém altera as condições da água - cheiro e sabor de terra ou mofo são característicos. A presença da geosmina foi detectada recentemente no manancial do sistema de tratamento do Rio de Janeiro.

Águas esverdeadas pode ser indício da presença descontrolada de cianobactérias, mas só um especialista com o apoio de testes previstos na legislação para saber com precisão.  O agravante é que as cianotoxinas não são eliminadas nos tratamentos convencionais de água, sendo necessário um tratamento especial, por pelo menos cinco dias, com carvão ativado.

De acordo com a professora Ina Nogueira, a legislação brasileira sobre potabilidade da água (Resolução Conama, número 357, e Anexo XX da Portaria de Consolidação Nº 5 do Ministério da Saúde) é referência para muitos países, mas “é preciso garantir fiscalização e o seu cumprimento,” enfatiza.  Um dos motivos para o avanço da pesquisa e da legislação, considerando a ação das cianobactérias, foi a repercussão internacional do caso de ocorrido em Caruaru, Paraíba, em 1996, quando cerca de 100 pessoas morreram ao receberem água contaminada por cianotoxinas durante o tratamento de hemodiálise em um hospital da rede pública. 

A professora Ina Nogueira falou à Rádio Universitária sobre a complexidade que envolve a sanidade das d´águas consumidas direta ou indiretamente pela comunidade, com destaque para as implicações da presença em larga escala das cianobactérias. Ela conversou com a jornalista Silvânia Lima.

Ina Nogueira, Cianobactérias:

Parte 2:

Parte 3:

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